terça-feira, 18 de outubro de 2016

QUATRO CARTAS DE AMOR

A julgar pelos sinais encontrados em Quatro cartas de amor o livro estava nas prateleiras tem bem mais de dez anos. Infelizmente eu não consigo me lembrar quando, porque e nem onde o comprei. Digo infelizmente porque resultou de uma das melhores leituras de 2016.

Quatro cartas de amor me faz lembrar das tags criadas pelos canais literários: livros que você tem medo ler ou algo parecido. Pois é eu tinha muito medo de ler o livro, que tem um dos começos mais impressionantes que eu já havia lido. E era tão fantástico para mim, que eu tinha receio de ler o livro e me decepcionar. Então de tempos em tempos eu pegava o livro lia aquele começo que tanto me impressionava e parava por ali.

Até que dia desses ao terminar de ler O nosso juiz e chegar na prateleira para escolher o novo livro para ler, topei com este Quatro cartas de amor. Então resolvi encarar e foi uma leitura incrível feita no momento certo. E isso é muito importante, tenho cá para mim que se o tivesse lido antes não estaria preparada para ele.

A escrita de Niall Williams é poética e matizada de cores, sinto as palavras como quem degusta um vinho. Encantou-me tanto que busquei saber um pouco mais sobre aquelas cidades mencionada na narrativa.

Não sei se indicaria esse livro para toda a gente, é um livro sobre perdas, que tem tudo para ser melancólico, mas que não resultou assim para mim.

Grifos:
Quando eu tinha doze anos, Deus falou com meu pai pela primeira vez. Deus não disse muita coisa. Ele mandou meu pai ser pintor e parou por aí (...)
O tempo não passa, mas o sofrimento cresce. 
Algumas coisas não se prestam muito a serem contadas. Acho que meu pai sabia disso.

Título: Quatro cartas de amor
Autor:  Niall Williams
Editora: Rocco
Pág: 308 
Leitura  17/09 a 09/10/2016
Tema: Off topic
Sinopse: Em Quatro cartas de amor, o escritor irlandês Niall Williams cria um romance permeado de cenas mágicas e de puro lirismo. Seus personagens são frágeis, mas ao mesmo tempo mostram uma força arrebatadora capaz de enfrentar as mais difíceis tempestades.O amor e as surpresas do destino são elementos constantes nas vidas de duas famílias. Os jovens Isabel Gore e Nicholas Coughlan vivem em regiões opostas da Irlanda. Suas histórias envolventes de paixão e de sofrimento são narradas em paralelo, da infância à maturidade, quando finalmente seus destinos ? por obra milagrosa e cruel do acaso ? se cruzam. Na primeira história, o então menino Nicholas assiste, num sofrimento contido e interminável, à degradação lenta de sua família após a intempestiva decisão de seu pai, um funcionário público de Dublin, que num acesso de loucura ou lucidez ("aceitei a sugestão de Deus") abandona o emprego seguro para tornar-se pintor. 

A frágil esposa não agüenta a mudança radical de status nem os devaneios do marido, e entra em depressão, apostando na morte como passagem para melhores tempos. O pintor não resiste à dor do fracasso e em nome do amor também segue ao encontro de Deus.Em narrativas alternadas, tendo como cenário uma belíssima ilha na costa oeste da Irlanda, aparece Isabel Gore. Sua infância transcorre tranqüilamente até Sean, o adorado e inseparável irmão, ser acometido de um misterioso colapso que o deixa em estado de semicoma. O forte sentimento de culpa a leva a anular seus planos de liberdade, decidindo casar-se sem amor como forma de autopunição. 

As duas histórias se unem através da única pintura existente do falecido pai de Nicholas, que vai parar pendurada na parede da escola em que o pai de Isabel leciona. Após a morte do pintor, o jovem decide recuperar o quadro para manter acesa a presença paterna e viaja até a ilha. Lá acontecem mágicas transformações. Sem entender como, Nicholas involuntariamente ajuda na milagrosa recuperação de Sean. E este viaja com o amigo em visita à irmã, por quem Nicholas se apaixona fervorosamente. Descrito pela revista Vogue como o novo As pontes de Madison e considerado como a melhor história de amor da década pela imprensa irlandesa, Quatro cartas de amor é o romance de estréia de Niall Williams

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