segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O HOMEM DA CABEÇA DE PAPELÃO

Vez por outra um livro considerado ímpar cruza nosso caminho. E quando isto acontece queremos divulgá-lo a toda gente. E eu gostaria de saber fazer belas e boas resenhas para falar sobre esse pequeno livro aqui que muito me encantou. Mas ainda que eu seja uma leitora compulsiva, não sei e não gosto de escrever. Talvez fruto dos muitos anos de leitora solitária. Muito pouca gente que conhecia se interessava por livros e leitura, seja entre amigos, seja entre familiares. E o meu trabalho não me faz escrever muito, a não ser que escrever números seja levado em consideração. ;) 

Mas vamos ao livro. Por incrível que pareça descobri esse livro olhando o site da editora em busca de livros de bolso, livros leves para carregar na bolsa e ter sempre algo à mão pra aproveitar qualquer tempinho extra disponível. Confesso que o título não chamou muito a atenção, mas o autor sim. A sinopse despertou o interesse e uma pequena resenha no Skoob bateu o martelo.

O autor faleceu em 1921 quase cem anos já se passaram e esta crônica/narrativa tão continua atual. É uma dessas leituras rápidas e divertidas, mas que pode ter muito a ser visto/refletido. João do Rio trata com maestria o tema da ética e da corrupção.

Se um dia encontrares o livro por aí dê uma oportunidade pra ele, é uma leitura rápida e divertida, mas com muito para pensar e refletir sobre o que é ser um cidadão na terra do sol, aquela onde se fica de frente para o mar e de costas para o país, para relembrar o Milton Nascimento, na boa e velha (?) Notícias do Brasil.

Grifos:
"No país que chamavam de sol, apesar de chover, semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor". (um bom começo)
"Vagabundo é um sujeito a quem faltam três coisas: dinheiro, prestígio e posição. Desde que você não as tem, mesmo trabalhando é um vagabundo"



Título:  O homem da cabeça de papelão
Autor:  João do Rio
Editora:  Hedra
Pág: 56
Leitura: 20/05/2016
Tema: Autor brasileiro
Sinopse:  Antenor era um rapaz que tinha muitos defeitos – falar a verdade, dedicar-se ao trabalho e ser ético são alguns deles. Um dia, ele resolve mudar a vida (para melhor, pode-se dizer) e trocar sua cabeça (que deve ter algum defeito, certamente) por uma cabeça de papelão.
“O homem da cabeça de papelão” foi publicado no início da década de 1920 no livro Rosário da Ilusão, de autoria de João do Rio, pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, um dos principais cronistas do Rio de Janeiro. Esta edição foi modernizada pelo desenho de Caeto.

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