terça-feira, 12 de abril de 2016

A BIBLIOTECA MÁGICA DE BIBBI BOKKEN

Estava numa maré de baixa nas leituras, nada estava emplacando muito bem. Aliás a melhor leitura por aqui era Como os mercados quebram, de John Cassidy, por aí você pode imaginar que as coisas por aqui não andavam assim muito animadas. Foi aí que veio o convite da Dani do Canal Bibliotecária Leitora para uma leitura compartilhada, que eu aceitei na hora, e o livro escolhido foi este aqui. 

Começamos a leitura/releitura no dia seguinte. Leitura essa que me pegou logo de cara,  a ideia original de ler dez páginas ou um capítulo por dia não funcionou, porque quando me dava conta já havia lido vinte ou trinta páginas brincando. E é tão bom quando um livro nos pega desse jeito, não é? 

Este livro não é apenas um "livro sobre livros" é também uma homenagem às bibliotecas e seus escudeiros, os bibliotecários e bibliotecárias, que passam a vida cuidar daqueles objetos que tanto amamos e nos indicar possíveis viagens pelo mundo da leitura.

E eu que pensei ter me encantado com o livro desde sempre descubro que dei apenas três estrelas na primeira leitura (ou seja achei o livro assim, assim), e não faço ideia de quando o li pela primeira vez, creio ter uns quatro ou cinco anos, talvez um pouco mais. 

Mas desta vez ganhou mais uma estrela. E posso dizer que e percurso foi um misto de informação, deleite e diversão. Me diverti muito durante todo o caminho, com direito a algumas gargalhadas. Me pergunto como terá sido a primeira vez...

Grifo:
- Acho que você tem olhos na nuca.
Ela deu um sorriso muito expressivo.
- Quem lê muitos livros acaba criando olhos em lugares estranhos. 

Título:  A biblioteca mágica de Bibbi Bokken 
Autor:   Jostein Gaarder e Klaus Hagerup
Editora:  Companhia das Letras
Pág: 180
Leitura: 02 a 10/04/2016
Tema: Livros sobre livros
Sinopse: Nils tem doze anos e acaba de voltar das férias escolares de verão, passadas em companhia de sua prima Berit, na cidade de Fjærland, interior da Noruega. Para não deixar de se falar, os dois decidem escrever um diário e remetê-lo de uma cidade a outra pelo correio.
Já de início, porém, parece haver algo de misterioso no diário de Nils e Berit. Ao comprá-lo numa livraria, Nils conhece uma mulher estranha, alguém que ele e Berit haviam visto de passagem durante as férias. A mulher faz questão de ajudar Nils a comprar o diário - uma esquisitice que ele não deixa de contar à prima já em sua primeira "carta".
Em Fjærland, Berit se põe a segui-la. Diante da casa da mulher, Berit "furta" um pequeno envelope da caixa de correio. Dentro, encontra uma carta vinda da Itália, endereçada a uma certa Bibbi, que menciona um sebo em Roma. O estabelecimento guardaria não apenas livros raros, mas também livros ainda não escritos. E um desses livros se refere a uma certa "biblioteca mágica".
Toda essa história Berit conta a Nils em sua primeira carta. A aventura mal começou, mas o leitor já se vê mergulhado num grande mistério. Quem é Bibbi e que biblioteca mágica é essa? É um caso para os pequenos detetives Nils e Berit investigarem a fundo - e tudo aquilo de que o leitor precisa para se divertir pelas páginas restantes. Em A biblioteca mágica de Bibbi Bokken, o grande herói é o livro e sua história, numa trama cheia de suspense e aventura.




domingo, 3 de abril de 2016

50 PEQUENAS COISAS QUE VOCÊ PODE FAZER PARA SALVAR A TERRA



Não sei exatamente o que me fez retirar este livro da prateleira para uma releitura. É um livro antigo, "muuito" antigo.  E sendo assim muito do que li está completamente desatualizado, mas é estarrecedor verificar quanta coisa piorou desde que o livro foi publicado e outras tantas em que nada mudou.  Gostaria muito de ler uma edição revista e ampliada, creio que é um texto para ser relido e estudado periodicamente, e talvez uma vez por ano seja pouco a julgar pelo tanto de m... que continuamos a fazer todos os dias. Preferimos dar uma de avestruz, enfiamos a cara na areia e colocamos o bumbum para cima e então está tudo certo. :-( 

A edição original que é de 1989  já  falava  em reduzir a quantidade de descartáveis , em economizar água, em plantar mais árvores, desmatar menos, usar produtos orgânicos,  acabar com as queimadas, andar mais e dirigir menos... e o que temos feito?  (*)

Me pergunto porque ecologia e meio ambiente não nos toca ou impacta, porque cuidamos tão mal de quem nos acolhe. Mas acho que sei: poder e ganância. São as palavras chaves que movem o mundo.

E instigada por esta releitura já emprestei da biblioteca Mundo sustentável, de André Trigueiro. E devo dizer que esta leitura que me acompanhou estes dias foi das mais prazenteiras.  

Talvez os livros do Zygmunt Bauman também sejam bem vindos para pensar o contemporâneo. Vamos ver como seguimos a partir daqui. E você já pensou sobre o assunto? Tem dicas? 

Grifos (eles falam mais do que qualquer comentário)

À medida que ozônio vai sendo destruído nas camadas mais altas da atmosfera, a superfície da Terra começa a receber maior quantidade de radiação ultravioleta,  que é causa do surgimento de cânceres de pele e catarata (doença dos olhos), além de reduzir a resistência à infecções.  
A gasolina que usamos no Brasil contém chumbo, o que representa um terrível risco para o meio ambiente.  
Quando for ao supermercado,  leve uma sacola de pano ou uma outra resistente ou ainda o carrinho de feira. (E quase trinta anos desde que o livro foi publicado muito pouco, ou quase nada, mudou.)   
Jasmins. Glicinias e narcisos adaptam-se bem aos solos mais secos.   
A maior fonte de energia radiativa absorvida pelo homem provém dos raios X. Quando for tirar alguma radiografia , proteja o resto de seu corpo com um avental à base de chumbo. (Quantos de nós já pensou sobre isso?)  
O homem encontra-se no fim da cadeia alimentar e a poluição tende a matar primeiro os predadores finais.  
Árvores afetam a temperatura local - novamente  árvores urbanas mais do que árvores rurais -, pelo fato de oferecerem sombra e resfriarem certas áreas pela evaporação de água.  A existência de pequenos bosques urbanos pode significar, portanto uma redução de até 12º na temperatura ambiente, o que implica em menos dispêndio de energia, por exemplo, com aparelhos de ar condicionado. 

Para saber mais:
The EarthWorks Group
Greenpeace
SOS Mata Atlântica
Ecologia Urbana
Ekos Brasil




Título:  50 Pequenas coisas que você pode fazer para salvar a terra. 
Autor:  The EarthWorks Group
Editora: Best Seller 
Pág: 100
Leitura: 20/03 a 02/04/2016 
Sinopse:  Fraldas descartáveis, pilhas, embalagens de isopor, a pintura nova de sua casa... Nosso estilo de vida gera lixo e destrói a natureza, o que mais cedo ou mais tarde, acaba afetando o homem. Apesar de nossa tendência ao consumo e ao desperdício, pequenas mudanças no dia a dia poem ajudar a preservar o planeta para as futuras gerações. Mas como mudar os hábitos?

sábado, 2 de abril de 2016

A MALA DE HANA

Para abril cujo o tema escolhido foi holocausto, sabe Deus porque, eu havia pensado em ler O leitor (desculpe a redundância/trocadilho ou seja lá que nome tenha isto), de Bernhard Schlink, livro que está na pilha tem um bom par de anos. Para complicar a minha vida de desafiada/desafinada  a moderação disse que o livro não serve, também não me perguntem o porquê,  pois ainda não entendi. E então eu tive que caçar outra coisa para ler. A mala de Hana, de Karen Levine, foi o que deu pra fazer... 

A mala de Hana é um livro pequeno, muito pequeno,  e baseado em fatos reais. A leitura é fluída e há fotos e desenhos dos envolvidos na história em todo o livro, que  termino  de ler me debulhando em lágrimas incontidas nesta leitura domingueira, que espero sirva para o Desafio. 

Se ler sobre o que acontece com adultos durante as guerras já nos impacta, imagina ler sobre o que acontece às crianças?
E o que mais me entristece é saber que coisas dessa ordem continuam a acontecer, como disse quando li A vida em tons de cinza. Mas como assim? Alguns hão de perguntar. E eu me pergunto: será que não leem/veem jornal?

Grifos 
Então, de repente, no meio da noite, no dia 23 de outubro de 1944, as rodas do trem frearam. As portas se abriram. As garotas foram ordenadas a sair do vagão. Estavam em Auschwitz.
Gostaríamos de entender o que o preconceito, a intolerância e o ódio causaram. 
Também espero que ele compreenda que a História do mundo é relevante para a nossa história e que, apesar da maldade inominável, pessoas e atos de bondade fazem a diferença.
Para sabe/ver mais:



Título:  A mala de Hana
Autor: Karen Levine
Editora: Melhoramentos
Pág: 112
Leitura: 20 a 21/02/2016
Tema: Holocausto
Sinopse: A mala de Hana é um retrato singelo, mas mostra como era cruel a vida das crianças submetidas ao Holocausto.

A história se desenrola em três continentes durante um período de quase setenta anos. Envolve a experiência da garotinha Hana e de sua família na Tchecoslováquia (atual República Tcheca), nas décadas de 1930 e 40: e uma jovem e um grupo de crianças em Tóquio, no Japão: e um homem em Toronto, no Canadá, nos dias de hoje.

Um relato que vai sensibilizar a todos, para que horrores semelhantes ao que atingiu Hana e outros inocentes nunca voltem a acontecer.