quarta-feira, 27 de maio de 2015

O AMANUENSE BELMIRO

Título: O amanuense Belimiro 
Autor: Cyro dos Anjos
Pág.: 218
Editora: Abril Cultural
Leitura: 13/04 a 23/05/2015
Tema: Língua mãe
Data: Dia da Língua Nacional
Sinopse
A história de um homem sentimental, tolhido pelo excesso de vida interior. Belmiro chegou quase aos quarenta anos sem nada ter feito de apreciável. Rememora sua infância e adolescência, buscando encontrar-se. Massacrado por um cotidiano vazio e sem sentido, rabisca seu diário em busca de uma ponte entre a realidade e o sonho. No retrato desse burocrata lírico, um dos maiores sucessos da literatura brasileira.


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O amanuense Belmiro é um destes livros que sempre despertou a minha curiosidade, então fiquei bem contente quando  descobri que a biblioteca tinha o livro em seu acervo. Título devidamente anotado levei algum tempo  em outras buscas e outras leituras, até chegar a este livro aqui.  

Os capítulos curtos da história narrada como um diário do amanuense  fluem rapidamente, e se levei tanto tempo foi por falta de determinação e por deixar-me interceptar por outras leituras que encontrei pelo caminho. Já estava lendo Os catadores de conchas, livro robusto, também da biblioteca. Tive que priorizá-lo, então. Acabei devolvendo o Amanuense  à biblioteca, para só então... mas, aí surgiu A vida em tons de cinza, que despertou minha curiosidade e resolvi tirá-lo da prateleira. Pensei em alternar as leituras, mas  não funcionou,  os dois livros exigiam de mim  dedicação quase exclusiva.  

A história de Cyro dos Anjos muitas vezes fez-me lembrar de Guilhermino de A indesejada aposentadoria de Josué Montello, outras me fez lembrar de algum modo do Machado de Assis. Há aqui um misto de ironia com um que de melancolia, que me fez lembrar dos dois.

A recomendação de sempre, se está atrás de arroubos, voltas e reviravoltas, com pitadas de emoções fortes  poderá não gostar de um livro onde o personagem principal tem uma vida madorrenta, como ele mesmo diz.  Mas,  eu gostei muito.

Grifos:
Sou um grande amanuense. Um burocrata!
Pus-me a andar na companhia de literatos e a sofrer imaginárias inquietações.
Os amigos são tão raros que precisamos conservá-los a todo custo.
Quando encontro, em alguém, cinco por cento de afinidade, contento-me com esses cinco por cento.


2 comentários:

  1. Já tinha ouvido falar desse livro, mas não sabia sobre o que era. Parece interessante, gosto de ler sobre vidas modorrentas.

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  2. Ah! Ligia, se gosta de personagem de vida madorrenta vai gostar deste Amanuense. Tente a biblioteca.

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